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Uma Sala Na Casa de Deus

Eu estava sem rumo e fui atrás de abrigo A tempestade diminuiu a fé e tremi Os meus ossos clamam por socorro enquanto me ajoelho pra guerra Subi o monte para ver sua face, fiquei firme e ergui um altar As nuvens encobriam as paredes da casa e no chão o reflexo Enquanto as janelas eram de cristal puro e as batentes de platina O piso de granito e mármore eram cobertos pelo Teu manto O Teu manto da cor branca mais pura, meus olhos contemplaram Suas mãos estavam fixamente estendidas e no peito um escudo Sua face reluzente e brilhante era quase indecifrável Tua gloria encheu a sala e eu fiquei entorpecido pela Presença Como posso eu Ser simples e mortal, compreender lá do Alto sem a Sabedoria? Pois sem crer não é possível ditar as maravilhas que no Céu habitam Lá mora Deus, que em tudo e sobre todos tem poder. Ele é o Criador Já eu, daqui contemplo e exalto a Tua Majestade, oh Senhor

Chama Viva

Eu vi a Eternidade entrar pelas frestas da minha janela Sua presença levou embora toda a solidão e me preencheu Com olhos molhados ouvi Sua voz e percebi seus passos. Contemplando Tua majestade nada mais importa, És único Meu coração anseia pela Sua volta, deseja o seu amor Porque nem a peste, nem a guerra me separará da Tua Casa. Teu altar eu quero ser e como chama viva arder Porque vem o dia do juízo e o mundo verá Sua volta E os joelhos que não se dobraram diante de Ti, se dobrarão.

Capítulo do Fim

Acaba-se mais um dia tão corrido que nem se percebe o cair das folhas Os relógios desregulados nós lembram que os sinais são cada vez maiores Os pássaros sobrevoam as casas todas iguais, com vidas nada diferentes Os jornais publicam loucuras que esfarelam na primeira ventania Rumores de guerras, fome e os sonhos ao relento anseiam por abrigo Nas calçadas, nas ruas pés caminham sem direção certa indo pro nada Os trombeteiros valentes anunciam a Novidade como ato exclusivo que virá do Céu Lápis e papel não são necessários, porque o capítulo do fim desde o inicio está traçado Corações com outros altares, tudo está desfigurado não há como rolar as pedras...

Primeiro Jardim

  Cai a noite e me lembro de Ti Vejo as aves no céu e sinto a Paz As ondas do mar que borbulham refletem Sua majestade. A natureza expande assim como o seu Reino diariamente Todo o ser que tem fôlego Te adora para sempre Fomos criados pelas Suas mãos, conforme a sua imagem estamos vivos. Quando me assola a fome Tu me alimentas com o maná toda manhã Quando estou em perigo Teus braços me protegem És gentil e educado como um buquê de rosas perfumadas. Eu não sinto espinhos. Em tempos de decisão com amor guia-me pelas águas tranquilas e mansas Vem e dança comigo até o tempo da Eternidade me possuindo totalmente A Tua Palavra levou-me a Verdade, me levando ao meu Pai. (Poema inspirado em Gênesis 1: 1-3 e João 1:14).

Os Olhos de Deus

Quando tentei me esconder no mais profundo abismo, Tu estavas lá Enquanto caminhava Seus olhos me seguiam pareciam me vigiar A impressão de que cada respiração era contada pelo seu ritmo. Todo momento sentia Sua presença como dois enormes Olhos sobre mim E  o meu ser passou a temer a sua Santidade, mesmo que não percebesse isso O tempo às vezes se fazia inexistente e eu já não tinha coragem de me ver no espelho. Nos dias que eu apenas via o meu ser pecaminoso e sem valor A Tua Graça encheu meu coração e apagou a vergonha que sentia E teus Olhos cheios de amor me mostravam a alegria me fazendo persistir no caminho. Quando me Olhavas contemplava  a Tua grandeza e beleza que me faziam te amar ainda mais Admirando o Deus do infinito, o grande Criador deste mundo que mesmo louco é lindo Eu como um pontinho sou guardado pelas Tuas mãos e observado pelos seus Olhares.