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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

A Grande Guerra

Sou como um peregrino vou pelas madrugadas sem parada Todo o fôlego se foi e já não sinto meus pés firmados A minha mente sempre inquieta juntando mil coisas Muitos anos de batalha deixaram as minhas fardas gastas As botas sem solas e munições já no fim. Quase resto Camuflagens não escondem mais a minha dor... Até quando tudo isso, hein Senhor? Entre fios, grades, avenidas e vielas nada tem saída Imobilizada pelo meu próprio medo, não posso prosseguir Enquanto o grande Dia não chega tento me manter em pé Minutos que parecem tão longos me afastam da Sua volta A maré sobe e tento ir contra a esperança Na minha rede acabaram os peixes, sobraram anzóis E na garganta seca, as lágrimas vão bradar Quando houver fraqueza tua Palavra me sustentará No dia que não conseguir mais ver a Sua glória me guiará