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Mostrando postagens de abril, 2016

Memórias da Eternidade

Pela estrada barrenta estava quase a me perder sem Ti A areia fina e sol rachavam e eu já não via a Luz Não haviam casas e tudo parecia sem vida em meio à sombra. Quilômetros tão distante de tudo, sem comida, sem bebida e só um lápis As pedrinhas marcavam as pegadas do meu "eu" já sem memórias E eu na folha tentava me lembrar da vida, das Palavras de Vida, da Eternidade. Quisera eu voltar à época do maná, do leite e mel e dos sacrifícios a cada passo Mas o horizonte traz tudo que era perdido nas caixas da minha lembrança Enquanto a sombra persiste, a espada de prata corta e desenha contornos da nova paisagem.

Rarefeito (A segunda glória)

Passam-se todas as coisas como a nuvem da tempestade Tudo o que se via hoje, foi muito real ontem á tarde E eu caminhei até os pensamentos mais profundos pra Te achar A porta ainda está estreita e o ar rarefeito sufoca minhas ideias O lápis já sem ponta escreve as palavras que a alma quer gritar As folhas são um atestado de sanidade que declara a vinda do Reino As coisas já se fizeram novas, mas é preciso nascer de novo e esquecer o passado Eu levanto e escalo as paredes do templo pra ver a Sua glória até cegar a visão Quando todo o sangue sujo é absorvido pela Santidade eu vejo Tua Face