domingo, 9 de fevereiro de 2014

A Grande Guerra

Sou como um peregrino vou pelas madrugadas sem parada
Todo o fôlego se foi e já não sinto meus pés firmados
A minha mente sempre inquieta juntando mil coisas

Muitos anos de batalha deixaram as minhas fardas gastas
As botas sem solas e munições já no fim. Quase resto
Camuflagens não escondem mais a minha dor...

Até quando tudo isso, hein Senhor?

Entre fios, grades, avenidas e vielas nada tem saída
Imobilizada pelo meu próprio medo, não posso prosseguir
Enquanto o grande Dia não chega tento me manter em pé

Minutos que parecem tão longos me afastam da Sua volta
A maré sobe e tento ir contra a esperança
Na minha rede acabaram os peixes, sobraram anzóis

E na garganta seca, as lágrimas vão bradar
Quando houver fraqueza tua Palavra me sustentará
No dia que não conseguir mais ver a Sua glória me guiará


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