sexta-feira, 4 de abril de 2014

Sem Espelhos, Vasos Rachados

A madrugada me isola nas minhas dores sem sabor nenhum
Entre lágrimas e riso não sei aonde pisar, é difícil calar a alma
Não tenho espelhos porque não me vejo mais neles


Ruas parecem tão largas, enquanto a minha vida corre estreita
E a santidade tenta embelezar essas paredes tão feias. Foi-se a cor.
Dou voltas em círculos mas não tenho outro destino


Minha mente sobrevive atenta e meu coração surrado respira forçado
Meu caminhar já foi fácil, mas agora o calendário passa rápido
Minhas palavras eram mais doces, meu abraço confortador


Com toda a força ergo as mãos a Ti, clamando cura e perdão
Restaura esse vaso rachado para que Teu Espírito seja derramado
Faz-me bradar Teus louvores e me devolve a vida sem dor, uma nova cor









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